FEMINISMO NEGRO

Movimento feminista negro no Brasil emergia na década de 1970, quando as mulheres negras dentro do movimento feminista, começaram a perceber que dentro do movimento não tinha pautas em conjunta voltadas para gênero e raça. Os movimentos feministas da época não abrangiam totalmente as necessidades de todas as mulheres. As mulheres negras, tinham suas necessidades particulares, não somente querer igualdade de gênero, uma vez que pela raça negra elas sofriam ainda mais que as mulheres brancas. Foi aí que começou a surgir institutos, grupos, para discutir essas pautas, pensar na interseccionalidade entre elas, maneiras de acabar com as opressões, com a subordinação do povo negro, principalmente das mulheres negras.

O feminismo é o movimento de mulheres que luta pelo alcance de uma sociedade igualitária e traz uma discussão de extrema relevância para o tema e que produz contribuições significativas para o enfrentamento a violência de gênero e raça. Através do feminismo, as mulheres já alcançaram diversas conquistas no âmbito social e político. No entanto como abordado acima, era preciso lutar, pelas pautas da minoria, suas vivências específicas, acabar com elitismo, racismo, imperialismo dentro do movimento, porque com o entendimento de que a raça influencia nos espaços frequentados pelas mulheres negra, formulando experiências diferentes das mulheres brancas, que tem o privilégio devido a todo contexto histórico da escravidão e subordinação perante o povo negro.

Com isso, fez necessário surgir essa vertente dentro do próprio movimento, para poder integralizar, e discutir todas as pautas que cercam a mulher negra. Sueli carneiro uma das principais intelectuais dentro do movimento negro no Brasil, sugere um termo ENEGRECENDO O MOVIMENTO, Carneiro (2013, p.3) aponta que “a luta das mulheres negras contra a opressão de gênero e de raça vem desenhando novos contornos para a ação política feminista e antirracista, enriquecendo tanto a discussão da questão racial, como a questão de gênero na sociedade brasileira.”

O movimento feminino negro vem para lutar, para melhoria das condições da mulheres, assim como as irmãs brancas, lutar para melhoria das oportunidades de acesso ao mercado, ruptura como o sexismo, acabar com supremacia da raça branca, com opressão das mulheres negras, acabar com o patriarcado, e dá oportunidade para as falas das mulheres negras.

Recomendações

Um documentário interessante para propor a reflexão acerca do movimento negro e do privilégio branco, é o ''Alô, privilégio? É a Chelsea'', disponível na Netflix.

Por fim, deixamos recomendações de músicas - do coletivo Rimas e Melodias - que sintetiza a temática que abordamos em todo este trabalho. Ao final de uma delas, podemos ouvir alguns versos da Djamila Ribeiro.

Sigamos. Resistência.

Referências gerais:

1- https://www.google.com/amp/s/www.geledes.org.br/feminismo-negro-sobre-minorias-dentro-da-minoria/amp/ - Feminismo negro: sobre minorias dentro da minoria. acesso: 05/06/2020

2- https://www.google.com/amp/s/www.politize.com.br/feminismo-negro-no-brasil/amp/ - Feminismo negro no Brasil: história, pautas e conquistas. acesso: 05/06/2020

3- Camila Vieira da Silva de Assis- Mulheres negras, opressões, feminismo negro e entretenimento. VI seminário cetros, crise e mundo do trabalho no Brasil. 2018 www.uece.br › eventos › anais › trabalhos_completos

4- Cristiano Santos Rodrigue; Marco Aurélio Maximo Prado. Movimento de mulheres negras: trajetória política, práticas mobilizadoras e articulações com estado brasileiro.Psicologia & Sociedade; 22 (3): 445-456, 2010